Primeiramente, antes de conhecer habilidades e procedimentos na emergência, vale lembrar de algumas características essenciais para quem atua na Emergência:
Mas não adianta apenas saber que existem essas características sem dominá-las!
Vamos agora apontar habilidades e procedimentos na emergência que são essenciais para você dominar no seu plantão, veja a seguir.
2. Paracentese
3. Acesso Vascular Central e Guiado por USG
4. Manejo Adequado da Via Aérea
A toracocentese consiste na punção com agulha fina do espaço pleural. A principal indicação é “diagnóstica” (coleta de amostra do derrame pleural para exames) ou “alívio” (retirada de maior volume para melhora da mecânica ventilatória).
A toracocentese, na maioria dos casos, poder ser realizada com segurança após exame clínico criterioso somado a um exame de imagem (radiografia de tórax ou tomografia).
Atualmente, é recomendado o uso do ultrassom para guiar o exame em tempo real sempre que possível, isto permite uma maior precisão na escolha do local de punção, estimar o volume de líquido e, após o final do procedimento, avaliar volume residual e aparecimento de complicações, como pneumotórax.
Em última análise, o uso do ultrassom durante a toracocentese resulta em procedimento mais efetivo e com menor probabilidade de complicações.
A punção torácica é realizada geralmente com Jelco calibre 14G ou 16G, todavia, alguns autores utilizam o cateter de acesso venoso central por ser mais longo ou cateteres comerciais próprios para a punção de tórax, entretanto, o custo pode ser uma limitação ao uso destes. Deve-se sempre procurar tangenciar a borda superior do arco costal para reduzir o risco de lesões de vasos intercostais.
As complicações mais frequentes são:
Os primeiros ocorrem pela punção inadvertida do pulmão (pneumotórax) ou de vasos na parede (hemotórax) e são geralmente tratados com drenagem torácica fechada.
Já os últimos ocorrem com maior frequência ao final da toracocentese principalmente na retirada de volumes superiores a 1.500 ml. Outras complicações, menos frequentes, são: a infecção local, lacerações hepáticas ou esplênicas.
A paracentese é um procedimento em que líquido ascítico é aspirado através de uma punção abdominal. A paracentese pode ser diagnóstica ou terapêutica.
Garanta que o paciente esteja com a bexiga vazia.
Posicione o paciente em decúbito dorsal, com a cabeceira elevada em 30º.
Defina o sítio de punção. O sítio preferencial é o flanco esquerdo, devido à posição direita do ceco.
Realize o exame físico do abdome com enfoque no sítio de punção. Perceba se há cicatrizes próximas, se o baço não é palpável e se há macicez à percussão no local.
Porém, caso haja cicatrizes, escolha um local de punção afastado dela, pois há possibilidade de aderências de alças do intestino com o peritônio.
Realize a antissepsia da pele com clorexidina, fazendo movimentos circulares partindo o centro da punção e ampliando os movimentos.
Utilizando a seringa com agulha, aspire o conteúdo anestésico. Depois, tracione a pele do paciente para utilizar a técnica da punção em Z.
Então, perfure a pele do paciente de 5 em 5 milímetros, aspirando pausadamente a cada avanço da agulha. Caso não venha sangue ao aspirar, injete o anestésico e prossiga até aspirar conteúdo ascítico.
Retorne o trajeto anestesiando os tecidos. Então, realizando a técnica da punção em Z, puncione com um Jelco 14 ou 16 o local de escolha. Quando o fluido iniciar, retire 20ml para análise.
Retire a agulha de metal e drene o líquido no coletor até terminar o procedimento. Só então retire a cânula e realize um curativo local.
Define-se por acesso venoso central o posicionamento de um dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava superior ou inferior, independentemente do local da inserção periférica.
Ele é prática importante nos pacientes traumatizados, em emergências cirúrgicas e doentes críticos que necessitam cuidados intensivos de ressuscitação.
A técnica de Seldinger é considerada a mais segura e utilizada na atualidade. Apesar de custo mais elevado, esta técnica permite a inserção de cateteres de grosso calibre e/ou de múltiplos lumens.
É uma técnica relativamente segura, com menores riscos de complicações imediatas, uma vez que o vaso é puncionado com uma agulha de calibre relativamente pequeno (18G).
A veia central é puncionada com uma agulha longa, de pequeno calibre, por dentro da qual avança-se um fio-guia. Com o fio-guia na posição adequada, um dispositivo de dilatação venosa é introduzido vestindo o mesmo. A seguir, o cateter é passado vestindo o fio-guia até a posição desejada.
A escolha da técnica a ser utilizada e a do vaso a ser puncionado e canulado devem estar baseados na condição clínica do paciente, experiência do executor e indicação para a inserção.
No entanto, principalmente nos casos de punção das veias jugular interna e subclávia, dá-se preferência ao lado direito, pois a cúpula pleural é mais baixa (menor risco de pneumotórax, o trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor possibilidade de mau posicionamento do cateter) e o duto torácico desemboca na à esquerda (menor risco de quilotórax).
O uso de USG confere melhor visualização da anatomia do paciente e com isso está relacionado a menor risco relativo de falha na técnica, menos tentativas de punção e menor incidência de complicações graves.
Apesar disso, o nível do benefício do uso da USG depende muito da habilidade do operador, assim como o local anatômico e a qualidade dos materiais usados.
Tanto utilizar os dispositivos corretos para fornecer oxigênio como saber quando fornecer oxigênio é essencial!
Se você fornece oxigênio a um paciente com suspeita de síndrome coronariana e saturação de 93%, você aumenta os riscos dele! De acordo com a American Heart Association só se deve fornecer oxigênio se a saturação estiver abaixo de 90%.
Que dispositivo utilizar: cateter nasal? Máscaras faciais? Cada doença tem suas peculiaridades, e os paciente suas características.
Em uma via aérea avançada como a intubação endotraqueal aparecem problemas importantes, associados à condução inadequada da via aérea:
SAIBA COMO FAZER UMA SEQUENCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO!
O objetivo desta técnica é obter o controle das vias aéreas no menor tempo possível.
Ela reduz o risco de aspiração do conteúdo gástrico, posicionando o tubo endotraqueal o mais rapidamente possível após a perda de consciência do paciente.
Na sistematização da técnica, a mesma foi dividida em sete etapas, comumente conhecidas como os “7 Ps da Intubação Orotaqueal”.
É de suma importância conhecer habilidades e Procedimentos na emergência porque realizar bem habilidades e procedimentos salvam vidas! Para os profissionais de saúde o treinamento com teoria e prática ajudará nesse processo, e a AwakeMed está aqui para ajudá-los.
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Vamos salvar vidas?
Equipe AwakeMed
Treine, domine e conquiste.