Tanto nas atividades físicas como no nosso dia a dia, devemos reconhecer uma provável parada cardiorrespiratória e como devemos proceder nesses casos.
É importante lembrar que a grande maioria dos óbitos decorrentes de problemas cardiovasculares foram causados por um mal súbito. Inclusive em atividades físicas, em academias ou praticando atividades ao ar livre. Os atletas devem ter cuidados redobrados.
Para se ter ideia, as chances de sobrevivência diminuem de 7 a 10% a cada minuto perdido, ou seja, em que o paciente não recebe o socorro devido.
Por isso, o DEA precisa ficar posicionado em um local de fácil acesso para que não se perca muito tempo procurando ou indo buscá-lo. Academias e locais de prática de atividades físicas devem possuir o aparelho.
1. Como prestar assistência rápida em caso de parada cardiorrespiratória?
2. Vamos agora seguir uma sequência de atendimento
2.1 Receba nossa Newsletter por e-mail
2.2 ISSO SALVA VIDAS!
3. E como funciona a legislação sobre DEA para academias no Brasil?
Ao se deparar com uma possível emergência, ou PCR, devemos:
PRIMEIRO
O ambiente de atendimento deve estar SEGURO.
Não adianta querer bancar o herói em um carro em chamas com um fio de alta tensão em cima dele.
SEGUNDO
Testar a responsividades da pessoa
Vai se posicionar ao lado dele, segurar nos ombros, falando alto e firme, balançando um pouco os ombros. (“Senhor, senhor!!!”)
TERCEIRO
Se ele não responder: “CHAMAR AJUDA!”
Nesse momento: pedir para uma pessoa que esteja com você “LIGAR PARA O SAMU E TRAZER UM DEA”.
Locais de grande circulação já tem um DEA (Desfibrilador Externo Automático): prédios comerciais, shoppings, estádios, academias, etc. Então além de alguém ligar para o SAMU, pede para alguma pessoa trazer o DEA do local também.
QUARTO
Iniciar a RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar): comprimir o tórax no centro dele, por volta da linha entre os mamilos. Comprimir pelo menos 5cm, com retorno completo, em uma frequência alta: 100-120 por minuto.
Não precisa contar: o ideal é usar um metrônomo (tem aplicativos no celular, relógio): se não tiver, o ritmo de algumas músicas ajuda (“Ah, ah, ah, ah, stayin’ alive, stayin’ alive“, “Baby Shark”, etc).
Notem que não é necessário checar o pulso ou se o paciente está respirando! Simplesmente inicie a RCP! Checar o pulso ou respiração deve ser feito para quem tem treinamento para isso.
Outra coisa: não é necessário “fazer respiração boca a boca, ficar comprimindo e para para ventilar. FAÇA A RCP!
QUINTO
Utilizar o DEA.
Esse passo é fundamental. O uso dele é feito para pessoas leigas: ele vai explicar tudo que você tem que fazer. É só ligar!
Você vai ligá-lo, ele vai pedir para você colar as pás nos locais indicados, depois ele fala para você conectar os cabos, vai pedir para todos se afastarem para ele checar se precisa dar o choque. Se precisar, ele vai ensinar também como fazer.
Ele inclusive manda o momento de reiniciar a RCP até a chegada do SAMU com a equipe avançada.
Nos EUA, essa ajuda demora cerca de 5 minutos em qualquer local que esteja! Por isso é tão importante ligar para o Serviço de Urgência ao ver que existe uma pessoa sem responder!
Por fim, existem diretrizes de morte súbita nos esportes e muitos outros detalhes nesses atendimentos. Mas para TODOS: a RCP de Alta qualidade e uso do DEA são essenciais!
Segundo o projeto de lei 4050/2004, aprovado em 2014, todos os locais que tenham circulação igual ou maior de 4 mil pessoas por dia precisam ter um aparelho de fácil acesso para que as vítimas de arritmia cardíaca possam ser socorridas em casos de emergência. Isso inclui shoppings, aeroportos, hotéis, estádios, ginásios esportivos, estações ferroviárias e academias de ginástica.
A legislação sobre DEA também aponta que é preciso que o local tenha uma pessoa capacitada para utilizar o desfibrilador.
Além de operá-lo da maneira correta, ela precisa saber sobre outros procedimentos de primeiros socorros, técnicas de ressuscitação cardiopulmonar, entre outras.
O texto não especifica a quantidade de aparelhos necessários de acordo com o tamanho ou lotação do lugar, apenas ressalta a obrigatoriedade de tê-lo.
É importante ressaltar que cada estado ou município pode ter sua própria lei quando o assunto é a obrigatoriedade do desfibrilador. Elas costumam variar sobre o número mínimo de frequentadores por espaço, como de 400 a 1500 pessoas.
Por isso, é muito importante conferir a lei que dispõe sobre a obrigatoriedade do desfibrilador em espaços no seu estado.
Salvem vidas!
Equipe AwakeMed.
Treine, domine, conquiste!